14.01.2013 – Um tribunal holandês decidiu que um homem de 69 anos deve receber 452 mil euros de indemnização por se ter tornado viciado no jogo depois de tomar um medicamento para a doença de Parkinson.
O homem, que mora em Roterdão, alegou que foi o facto de ter participado em testes com o medicamento Permax no final dos anos 90 que o fez ficar viciado em jogo, um comportamento que o fez perder a mulher e o filho.
Por isso, reclama da farmacêutica norte-americana Eli Lilly uma compensação de 452 mil euros.
Na sua deliberação, o tribunal de Utrecht, citado pela publicação online Dutchnews, considerou que não há provas de que o homem tivesse compulsão para o jogo antes de tomar o Permax.
Em 2005, a Eli Lilly admitiu que algumas pessoas que tinham tomado o medicamento relataram um aumento na libido e o vício do jogo, o que levou as autoridades holandesas a incluir essa compulsão, também conhecida como ludotapia, na lista dos efeitos secundários do fármaco.
A empresa farmacêutica alega, no entanto, que antes de 2005 não existiam provas científicas de ludopatia como efeito secundário do Permax e anunciou que vai recorrer da decisão, argumentando que não há relação entre o fármaco e o vício do jogo.
Nos Estados Unidos, Canadá e Austrália já houve processos em tribunal contra a Eli Lilly devido a efeitos secundários do Permax, que foi entretanto retirado do mercado.
Fonte: Correio da Manhã